setembro 28, 2024

Capítulo 48 - Está feito

Após longos momentos dançando de forma a me provocar, eventualmente me puxando mais para perto de seu corpo e me fazendo perceber o quanto ele quer sair da festa, o agora Rei Phillip me conduz pela mão até meu pai e delicadamente se curva.
-Vossa Majestade, permita que nos retiremos da festa? - ele dá um suave sorriso malicioso em minha direção
- Sim, jovem Rei. Descansem por hoje. Amanhã vocês partirão cedo? - o rei questiona com um ar feliz.- Boa noite, minha filha!
- Seu pai me falou que preparou um quarto para nós. Vossa Alteza, sabe qual é o quarto? - Phillip sussurra em meu ouvido enquanto me arrasta para fora do salão de forma sorrateira passando por entre os convidados.
Subimos pelas escadas para o andar do meu quarto e ao chegarmos na porta, há uma grande guirlanda de flores do campo. Viro a maçaneta e sou surpreendida por uma decoração completamente diferente da que eu havia deixado há algumas horas. Na mesa próxima à janela há um enorme jarro com flores. Os lençois brancos e uma colcha vinho adornam minha cama. Até as cortinas de meu dossel são novas em vinho e dourado. Há flores em todos os cantos e inúmeras pétalas de rosas no chão aos pés da cama. Todo o quarto parece sugestionar o que Phillip já tem vontade de cumprir.
Atrás de mim, Phillip me abraça e beija minha nuca. Fazendo-me derreter. Uma vontade forte de beija-lo e continuar naquela posição por um longo tempo. Phillip fecha a porta e tranca-a com a chave. Percebo uma bandeja de frutas sobre a mesa próxima à janela, com uma jarra de água e uma garrafa de vinho. Ao me virar de frente para Phillip, ele para de me beijar e olha profundamente em meus olhos:
- O que há? - ele pergunta com uma voz quase que num sussurro.
- Não sei o que fazer. - falo com certa tensão e um pouco de medo.
Ele então se afasta um pouco e continua a falar.
- Não farei nada que você não queira, e só farei qualquer coisa quando você quizer. - ele agora pára de me abraçar e segue em direção ao vinho na mesa.
- Eu de fato não sei o que fazer. - falo me aproximando de Phillip e o abraçando por traz.
- Minha princesa, você não precisa saber, posso te ensinar e te guiar em cada passo. Mas não farei nada que você não queira, mesmo que esse quarto inteiro esteja gritando para que eu a tome e a torne minha. - ele fala se virando e me entregando uma taça com um pouco de vinho.
- Phillip, acredite em mim, eu quero, mas tenho medo e ainda sim quero. - falei tomando um gole, apoiando a taça e caminhando em direção a Phillip para beija-lo.
Ele então me pega no colo e me coloca sobre a cama, enquanto me beija provocando-me. Ele beija meu queixo e desce para o meu pescoço chegando ate meu decote. Ele tira seu paletó e a camisa e a visão de seu peito nu é magnífica, músculos bem desenhados. Parece um Deus grego à minha frente. Nesse momento percebo que tenho vergonha de me despir, mas ele delicadamente desamarra cada laço de meu vestido e sinto quando sua mão toca em minha pele nua nas costas.
Soltando o espartinho do vestido ele segue beijando de meu pescoço até o meu ombro. Suspiro de nervosismo e Phillip se afasta suavemente e solta:
- Ah, como eu desejei te ver assim, minha amada! - ele fala admirado olhando diretamente para meu corpo despido.
Ele passa suas mãos delicadamente em meu corpo e levanta-se da cama retirando o restante do meu vestido e lançando-o ao chão. Ele abre suas calças e meu nervosismo aumenta. Meu nervosismo aumenta ao vê-lo nu. Ele parece uma escultura. Cada músculo e cada linha de seu corpo perfeito. Ele volta a deitar suavemente sobre mim e volta a beijar-me. Ele então sussurra em meu ouvido:
- Você tem certeza de que quer isso?
Mal consigo respirar, meu coração disparado e só aceno com a cabeça em concordância.
- Eu preciso ouvir um sim, minha princesa.- ele fala enquanto suas mãos percorrem meu corpo despido.
- S...sim. Eu quero. - falo quase sem ar e tentando manter meu coração batendo.
- As batidas do seu coração estão me deixando mais excitado. Se você soubesse o quanto isso deixa um vampiro eufórico. - ele fala com seus olhos mudando de cor para um amarelo brilhante.
De repente posso sentir, em meio aos beijos, quando ele entra em mim com força e dou um grito de dor e prazer ao mesmo tempo. Ele se assusta, mas sorri maliciosamente. E então sussurra:
- A dor irá passar... - ouço com um hálito quente em meu pescoço.
Então ele começa a entrar e sair devegar para que a dor não seja tão intensa. Então uma sensação agradável de prazer inunda meu corpo e ele percebe que já não há mais o desconforto da dor e começa a fazer movimentos mais vigorosos. Começo a perder o controle e transpiro muito, enquanto busco respirar. A sensação agradável aumenta e consigo perceber que estou chegando ao meu ápice. Sinto que Phillip também está perto de chegar.
Após o ato Phillip cai exausto ao meu lado, puxando meu corpo para perto do seu e acaricia meus cabelos. Ele então me vira para mim e fala de frente para mim:
- Está feito. Agora você é minha para sempre.

setembro 25, 2024

Capítulo 47 - O casamento e a coroação

Olhando-me no espelho a imagem me emocionara. É agora! Estou pronta. Um vestido branco off-white, com um decote comportado, uma saia volumosa, totalmente adornado com babados e pedrarias, digno de uma princesa como eu, acompanhado de um véu longo e bordado. Uma leve maquiagem em meu rosto e os cabelos delicadamente presos em um coque cheio de cachos soltos que emolduram meu rosto. Sapatos delicados para compor toda a roupa.
Minha aia saiu do quarto, informando-me que iria chamar o Rei. Respirei fundo, três vezes. O nervosismo do casamento, por si só já era estressante, mas sabendo de para onde estava indo e com quem estava me casando, deixava a atmosfera toda do dia ainda mais tensa. Tudo que fiz e cada caminho que trilhei para chegar até aqui, me fez pensar no quanto realmente amava Phillip e no quanto queria estar nesse momento.
Minha mente vagou até o momento em que o vi pela primeira vez, na minha primeira fuga até a cabana. Minha primeira visita até a cripta. A visão bela de Phillip dormindo no caixão. Depois lembrei-me de quando ele matou toda uma matilha de lobos para me manter viva na noite da floresta. Divagando pelo momento em que visitei o palácio de Phillip, lembro-me de sua doença e de como fui louca o suficiente de viajar até Paris em busca da cura para ele, tendo que lidar com um dos vampiros mais perversos que conheci.
Meus pensamentos foram interrompidos pela batida em minha porta.
- Quem está aí? - falei sendo arrastada para fora de minhas lembranças
- Seu pai. - ouço a voz do Rei, que responde enquanto abre as portas e entra olhando em minha direção.
Ao me ver percebi uma lágrima se formar no canto de seus olhos. Ele caminha em minha direção e me puxa para um abraço apertado.
- Papai, você vai me amassar toda. - falo secando, com meu lenço, as lágrimas que agora descem pelo seu rosto.
- Minha filha, você se parece tanto com a sua mãe nesse momento. - ele me solta do abraço, me oferecendo seu braço para que eu segure - Vamos, a cerimônia já irá começar. O príncipe disse que não quer partir esta noite direto para o reino dele, ele acredita que você não aguentará uma viagem logo após as festividades. Pediu para lhe perguntar se você se incomodaria de ficar com ele por aqui em sua primeira noite como casados.
- C...como assim? - falei sem conseguir raciocinar.
- Vocês passarão a noite de núpcias por aqui, ia perguntar se minha filha prefere passar esta noite em seu quarto ou se preparo um dos outros quartos para vocês? - ele me falou com a voz suave me puxando suavemente para fora do quarto.
- Podemos ficar no meu quarto? - falei mais como uma pergunta do que como uma escolha
- Vou mandar os serviçais arrumarem o quarto para vocês. - o Rei falou enquanto passávamos pela porta em direção às escadas.
Continuamos caminhando até as portas da Capela, atravessando o jardim. O rei chamou minha aia e pediu a ela para preparar meu quarto para o casal. Respirei fundo, sintia o nervosismo me assolar neste momento. E o Rei conversava levemente para trazer-me conforto. Com a porta da capela bem a nossa frente, minha respiração começa a falhar. Uma aia me entrega um grande buque de flores do campo com um ramo de lavandas no meio. Dei um leve sorriso e agradeci com um aceno de cabeça.
Caminhei delicadamente sobre um tapete de pétalas de rosas a caminho do altar, com o Rei ao meu lado todo o tempo. Olhei para a frente e observei o capelão do reino, à sua esquerda vejo Phillip.
O príncipe percebe que eu o vi e abre um largo sorriso, que acalma um pouco meu nervosismo. Sorrio de volta. Estou feliz, mas também começo novamente a divagar pelos momentos bons e ruins em que tivemos juntos.
Lembro-me de nosso primeiro beijo e de todas as vezes em que ele me protegeu e salvou minha vida. O sorriso fixo em seu rosto me deixa mais tranquila. Uma música agradável toca ao fundo enquanto caminhamos.
"Céus como esta capela é longa!"- devaneio já quase chegando próxima ao altar.
- Vossa Majestade, o Rei, permite que eu prossiga com Sua Alteza? - Phillip se aproxima de nós e se curva diante de meu pai enquanto estende a mão e questiona.
O rei acena com a cabeça e entrega a minha mão nas mãos de Phillip.
O capelão começa a cerimônia que, seguindo toda a tradição, demora pelo menos duas horas horas. Fazemos nossos votos, mas o tempo parece voar com Phillip me olhando com aqueles olhos. Seguindo a tradição, o Rei sobe ao altar. São trazidos às suas mãos o cetro e sua coroa. O capelão profere palavras de benção, então o rei pega o cetro e entrega nas mãos de Phillip e logo após coloca a coroa sobre sua cabeça.
- Longa vida ao rei Phillip III! - meu pai fala com uma voz que ecoa por toda a capela, num grito que é repetido por todos os demais presentes
Após o término da cerimônia seguimos de braços dados até o salão de baile.
Ao atravessar as grandes portas do salão, todo adornado com lindas flores do campo, entramos em um ambiente repleto de sons, com os músicos tocando num palco. Há uma enorme mesa de jantar, todos os lugares devidamente marcados, Phillip sentado à minha esquerda e o Rei no centro da mesa à minha direita.
Após o banquete, Phillip e eu dançamos uma valsa. Conforme o protocolo o Rei também dança uma valsa comigo. A festa flui com muitas conversas, algumas bem entediantes, mas outras mais agradáveis. Phillip me convida para mais uma dança, quando aceito ele aproveita a dança para falar em meu ouvido:
- Acho que já aproveitamos bastante a festa e cumprimos com todos os protocolos reais. - fala ele sussurrando enquanto dançamos e ele me puxa para mais perto.