Corri para o banheiro, vomitei o pouco que tinha dentro de meu estômago e lavei meu rosto com bastante água fria, pois precisava parar de suar e tremer. Anna bateu na porta e avisou que meu pai me chamava, mas eu precisava estabilizar o tremor em minhas pernas. Saí de meu quarto seguindo minha aia ao encontro do Rei, mas não no salão de baile. Ele me aguardava em uma das salas de estar do castelo. “Filha, como eu desejo que você não seja mais surpreendida e a pedido de seu noivo, ele gostaria de falar inicialmente a sós com você. Eu o deixei aguardando em nossa biblioteca, estarei no salão com os demais convidados, espero que vocês não demorem muito, mas conversem.”
Caminhei apressadamente até a porta da biblioteca, respirei fundo antes de abrir as enormes portas de madeira e ao entrar não vi o príncipe. Sentado em uma poltrona de costas para a porta ele falou com uma voz forte e conhecida: “Por que você está tremendo? Está com medo de mim?” Novamente senti um arrepio e agora era capaz de ouvir meu coração batendo alto.
A biblioteca estava escura, havia apenas algumas velas a iluminar o ambiente. Não consegui ver o rosto do prícipe, quando ele se levantou da poltrona, mas aquela voz... De onde eu conhecia aquela voz. Caminhei lentamente em direção a ele enquanto ele vinha em minha direção. Quase gritei ao reconhece-lo, mas ele foi mais rápido tampou rapidamente minha boca com sua mão gelada, enquanto segurava-me contra si, pela minha cintura com a outra mão.
“Fique calma. Respire. Você não pode gritar, ou vai ter que explicar para o rei o que a princesa anda fazendo enquanto ele dorme, ou por onde anda dormindo no meio da floresta.” ele falou com um tom sarcástico e uma voz rouca e baixa.
Senti raiva, mas ele tinha razão. E ver minha aia sendo punida me partiria o coração. Parei de lutar para tentar me soltar, tentei regular minha respiração com ele ainda me segurando em seu abraço. Ele foi me soltando lentamente. “Pode perguntar.” Ele falou enquanto eu dava mais um passo para trás. “Quem é você? Ou o que é você? Por que estava naquela cripta na noite passada? O que você quer de mim?” as perguntas saíram quase num sussurro. Ninguém poderia me ouvir.
“Vamos nos apresentar primeiro"-ele falou dando um passo em minha direção. "Meu nome é Phillip III, há muitos anos meus pais construíram um reinado de tristeza e morte, um pouco longe daqui. Mas não é disso que você quer saber"- ele curvou levemente os lábios e concluiu: "Eu sempre quis você.” ele falou dando mais um passo em minha direção. “Aquela cripta é um dos meus refúgios, onde me escondo quando venho de meu reino e, embora você tenha encontrado a cabana recentemente, ela não existe, só quem pode vê-la é você."
“Você é o que estou pensando? É um vampiro?” falei tentando respirar, dando mais um passo para trás.
“Sou um ser da noite ou um vampiro como você prefere chamar. Mas não quero que você tenha medo de mim. Saiba que não posso machucá-la.” falou ele chegando bem perto de mim rapidamente, bati numa estante atrás de mim. Agora ele estava muito próximo de mim.
Anna bateu na porta e, após eu mandar entrar, abriu a porta. Com uma bandeja com duas taças de vinho na mão ela falou: “Suas altezas estão sendo aguardadas no salão principal. O rei está chamando.”
Lú ! Que legal cara ! Eu adoro histórias assim rs... Muito interessante , pode virar filme . A saga Crepúsculo começou assim com um livro e hoje é um dos filmes mais assistidos no mundo inteiro.
ResponderExcluirParabéns !!!! Beijos Kekel