janeiro 17, 2011

Capítulo 5 – O encontro

Corri para o toalete e lavei meu rosto, precisava parar de suar e tremer. Ana bateu na porta e avisou que meu pai me chamava. Fui ao encontro dele, mas não no salão de baile. Ele me aguardava em outra sala de estar do castelo. “Filha, como desejo que você não seja mais surpreendida e foi pedido de seu noivo, ele gostaria de falar inicialmente a sós com você. Eu o deixei aguardando em nossa biblioteca. Estarei no salão com os demais convidados, espero que vocês não demorem muito.”

Caminhei apressadamente até a porta da biblioteca e ao entrar não vi o príncipe. Sentado em uma poltrona de costas para a porta ele falou com uma voz forte e conhecida: “Por que você está tremendo? Está com medo de mim?” Novamente senti um arrepio e agora era capaz de ouvir meu coração batendo alto.

A biblioteca estava escura, com apenas algumas velas a ilumina-la. Não consegui ver o rosto quando ele se levantou da poltrona, mas aquela voz... De onde eu conhecia aquela voz. Caminhei lentamente em direção a ele enquanto ele vinha em minha direção. Ia gritar ao reconhece-lo, mas ele tampou rapidamente minha boca com sua mão gelada, enquanto segurava-me contra si com a outra mão.

“Fique calma. Respire. Você não pode gritar, ou vai ter que explicar para o rei o que anda fazendo enquanto ele dorme, ou onde anda dormindo no meio da floresta.” ele falou com um tom sarcástico.

Senti raiva, mas ele tinha razão. E ver minha aia sendo punida me partiria o coração. Parei de lutar para tentar me soltar. Ele foi me soltando lentamente. “Pode perguntar.” Ele falou enquanto eu dava mais um passo para trás. “Quem é você? Ou o que é você? Por que estava naquela cripta na noite passada? O que você quer de mim?” as perguntas saíram quase num sussurro. Ninguém poderia ouvir.

“Vamos nos apresentar primeiro. Meu nome é Phillip III, a muitos anos meus pais construíram um reinado de tristeza e morte, longe daqui. Mas não é disso que você quer saber. Eu sempre quis você.” ele falou dando um passo em minha direção. “Aquela cripta é meu refúgio, onde me escondo quando venho de meu reino e, embora você tenha encontrado a cabana, ela não existe, só quem pode vê-la é você."

“Você é o que estou pensando? É um vampiro?” falei dando mais um passo para trás.

“Sou um ser da noite ou um vampiro como você prefere dizer. Mas não quero que você tenha medo de mim. Saiba que não posso machucá-la.” falou ele chegando bem perto de mim.

Ana bateu e após eu mandar entrar abriu a porta. Com uma bandeja e duas taças de vinho na mão ela falou: “Suas altezas estão sendo aguardadas no salão principal. O rei está chamando.”

Um comentário:

  1. Lú ! Que legal cara ! Eu adoro histórias assim rs... Muito interessante , pode virar filme . A saga Crepúsculo começou assim com um livro e hoje é um dos filmes mais assistidos no mundo inteiro.
    Parabéns !!!! Beijos Kekel

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